13 agosto 2006

Passei só para tirar a poeira e as teias que devem estar se formando aqui, já que a última postagem foi há meses.Muito louco isso de escrever num lugar onde qualquer pessoa tem acesso, sair da toca... Tenho planos mirabolante pra esse blog. A curtição maior mesmo é poder fazer o que você quiser dele e nem precisa que muita gente acesse, as pulsações nervosas e as sinapses envolvidas são o barato da coisa. Muito louco!Minhas asas da cabeça tem batido freneticamente nos últimos tempos e algo muito bom e grande está para acontecer. O tempo tem estado diferente comigo, uma semana tem durado muito e isso tem sido bom, porque tenho muita coisa pra resolver em pouco tempo. Tempo. É o abismo que estou me jogando agora, porque agora é a hora. Mais uma vez uma coisa que projetei com 10 anos está perto de se realizar, mas o tempo não é aliado, nem inimigo, só passa determinando as coisas e só quando chegar a hora, o dia, saberei se será real, por enquanto só resta aguardar.Bata as asas da sua cabeça!
Ligar ou não ligar é uma decisão difícil, repassa-se todos os nãos e sins das ligações anteriores, faz-se um balanço, olha em volta, pensa, re-pensa, distrai, volta a pensar e decide: ligar. Levanta, sete passos até o telefone, olha bem para o aparelho e desiste. Repassa-se novamente, olha melhor a volta, não tem porque ligar. Quer ligar, mas será? Depois de tanto tempo... Melhor não... O não vence! Aí começa o passeio pela casa, abrir geladeira para pensar, olhar no espelho para buscar lá dentro a resposta.Colocando na balança, talvez até dê na mesma ligar ou não ligar, o problema é que se criou a idéia de ligar, esta idéia pertubante, a que não deveria ter ocorrido, a que se não houvesse passado pela cabeça nada disso estaria acontecendo. Pois bem a idéia de ligar ocorreu e o problema agora nem é mais a ligação em si, mas sim desistir ou continuar.O grande problema de um projeto é que quando ele surge fica difícil desistir, cria-se um dilema, desistir é perder sem tentar, mas será que vai ser bom? Dará certo?O sim vence. Pega o telefone, disca o número com medo e frio na barriga. Um silêncio profundo, agora já foi. Tuuuu, outro silêncio, parece até mais longo, tuuuu e algum zunido... Atendeu? Tuuuu só vamos tentar até o quarto toque, o quinto, o sexto, será que tem caixa postal? É sábado, quase dez da noite, as chances eram poucas, mas só tentando, arriscando, apostando, acreditando na possibilidade, etc. Não dá pra saber sem tentar. Depois tem a satisfação de ter tentado! Ela começa com o frio na barriga inicial de quando se tira o telefone do gancho, quando você dá chance ao seu projeto que entrou na cabeça e ficou insistindo. Depois toda tensão dos tuuus, dos “será que vai dar certo?”. E por fim a grande satisfação: eu fiz, não deixei de tentar, venci meu medo, arrisquei mesmo, o que eu tinha pra perder? Fui adiante, venci. Que bom, não haverá “e se?” amanhã, não restará dúvidas, valeu a pena. No máximo o que pode ocorrer é algum replanejamento, não deu certo, por isso ou por aquilo, aí no próximo sábado, talvez, pode-se ligar mais cedo, quem sabe?mirian