04 agosto 2014

Abril de 2012 (2 meses antes de ficar gravida)

Ouvindo Casuarina, tomando um café, sentada no meu vôo rumo a Salt Lake City, onde vou conhecer o primeiro filho de uma amiga-irmã. Os trinta batendo a porta e parece que é fazer 18 anos de novo, mas dessa vez sem as ilusões, só a gana de se jogar nessa nova aventura. Trinta marca, parece um inicio, mais que uma continuidade. Mas os olhos estão mais abertos, mais receptivos às falhas, aos limites, ao que eu realmente sou e ao o que pode ser feito disso tudo. Muita água correu por debaixo da ponte, os sonhos que ainda permanecem são os verdadeiros, os que se realizaram me completaram e os que apareceram no decorrer, me fizeram mais feliz.

Aprendi a desfrutar os momentos, ter mais paciência.
Engordei, o corpo mudou de ritmo.
Amadureci, mas sem ter a pretensão de ser totalmente madura, sei que isso só vai (e se) acontecer lá pelos 80. E mesmo assim me sinto menos adulta do que me imaginei com 30 aos 18 anos.
Sem filhos e sem muita vontade de te-los, no momento. Por egoísmo assumido e puro. Não sei se quero amar alguém mais que a mim mesma. Medo do amor incondicional? Talvez. Nem sei se quero a experiência aliem de ter alguém dentro do meu corpo e, mais egoísta ainda, não estou com muita disposição de dar meu tempo por completo. Ou seja, o relógio biológico quebrou feio!
Ah, mas os sonhos ainda brotam, as asas ainda batem e tudo parece mais calmo e mais próximo.
Duvidas, um milhão delas, mas as certezas estão mais solidas, ainda que nada tenha que ser definitivo. Só as amizades, essas sim eu quero que sejam imutáveis!
Viver é bom.

mirian.

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